Vida miserável de Matheus
(1o Momento) - 40 minutos
Momento explícito, guiar-se nessa autonomina, enfim
Perceber que aquilo era câncer, fraqueza, doença
Já a correr, acelerado, passo apertado, coração
Finalmente desmaios; se por a dormir, é o fim
Dessa vez para não acordar e não sumir...
Até ali estático, inerte, incerto e aflito
Alguns minutos de tudo e o resto de nada.
(2o Momento) - Sorrir para eles
Aversão a tudo, deveria ter se oferecido aos leões
Talvez digno; provavelmente justo pois tudo eras
Antes a perder, antes de vencer, antes de lutar
Tudo podes ver e sorrir, senhor de tuas desgraças.
(3o Momento) - Anorexia
Senhor, me empresta tua vida...? Me empresta teu papel?
Pois esses são tantos que não farás, esses turbilhões;
Aquelas luzes a sangrar teus olhos, nossos copos vazios
Sua felicidade e nossa festa; sua tristeza tão profunda
E rancor tão certeiros a se formar, teoria da aceitação.
(4o Momento) - Apatia
Se postes a sangrar infinitamente, desfruta e aproveita
Vermelho escuro sobre os lugares e passagens, és tudo
És uma noite fantástica e merecida, são profetas aqui
E te dirão o que falar, tente se acalmar e não sumir;
Divirta-se a vontade, teus números e tua doença
Nunca irão te abandonar...
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