sexta-feira, 19 de junho de 2009

Vida miserável de Matheus

(1o Momento) - 40 minutos

Momento explícito, guiar-se nessa autonomina, enfim
Perceber que aquilo era câncer, fraqueza, doença
Já a correr, acelerado, passo apertado, coração
Finalmente desmaios; se por a dormir, é o fim
Dessa vez para não acordar e não sumir...
Até ali estático, inerte, incerto e aflito
Alguns minutos de tudo e o resto de nada.


(2o Momento) - Sorrir para eles

Aversão a tudo, deveria ter se oferecido aos leões
Talvez digno; provavelmente justo pois tudo eras
Antes a perder, antes de vencer, antes de lutar
Tudo podes ver e sorrir, senhor de tuas desgraças.


(3o Momento) - Anorexia

Senhor, me empresta tua vida...? Me empresta teu papel?
Pois esses são tantos que não farás, esses turbilhões;
Aquelas luzes a sangrar teus olhos, nossos copos vazios
Sua felicidade e nossa festa; sua tristeza tão profunda
E rancor tão certeiros a se formar, teoria da aceitação.


(4o Momento) - Apatia

Se postes a sangrar infinitamente, desfruta e aproveita
Vermelho escuro sobre os lugares e passagens, és tudo
És uma noite fantástica e merecida, são profetas aqui
E te dirão o que falar, tente se acalmar e não sumir;
Divirta-se a vontade, teus números e tua doença
Nunca irão te abandonar...

domingo, 14 de junho de 2009

Entrelaços

Não me interessas mais o cinza, prefiro castanho dos teus olhos,
O vermelho do teu querer ou o brilho do teu sorriso, incessantes;
Ameniza a descrença e me faz verdadeiro, me faz respirar e sonhar
Pois são nesses momentos que afaga, nesses momentos me retorna,
Aos montes por aqui te peço tantas coisas, peço sem pedir
Pois a tudo se transformas, és você sobre mim, és sentir
Alguma chance todo dia, te ter para mim, uma vida.