sábado, 18 de abril de 2009

Fábulas reais

*** Nota do autor: Algumas reflexões sobre os últimos dias e tendências tempestivas de uma história sem final feliz.

Parte I - Inexistência

Algumas vezes pensar, é impossível desacreditar mas é real
E alguém nesse julgamento sujo, servos desses marmanjos
E visto por cima ou de qualquer direção, abominavelmente
Simplesmente quarta feira, ou talvez seja o presente

E nem adianta, não se compra e não se demonstra; infidelidade
Contra os princípios e neles a crueldade, mas aqui além
Felizmente indisposto a rever a cartilha, sei muito bem
Utópico ao extremo, nunca existiu nem um 'também'...


Parte II - Descrer

Tentar é facção, tentar é perdedor e sem efeitos para hoje
Afinal, qual é o verdadeiro sentido dessa epopéia aqui?
Qual é a razão de todo sofrimento implícito nos desejos
Tão ímpares quanto aquelas condições infrutíferas

Não sei ao que, mas insistem em morrer; insistem em tentar
Insistem proteção... parecem muito bem, parecem tão além
Ainda não sei, mas essa descrença que assola tem razão
Vamos viver um talvez, ou talvez um viver.



Parte III - Reencontros

Ver proporciona razões em utilidades controversas, aqui está
E me trata qualquer coisa, devora pois és um monstro apático
Como eu felizmente, diferente em troco de alguma coisa afim
Mas talvez mais uma farsa imbecil que foi criada

E nessas canções de tarde, pessoas agressivas e infestadas
Talvez o fim da jornada, como eu, pois faço parte disso
Tenho o direito de fazer o que me permite, pois escravo
Deitado sobre o sereno te percebo e somente lamento.

sábado, 11 de abril de 2009

(Ir)Racional

As vezes algumas vezes; e muitas vezes ainda é presente
Jogar e incompreender, somos campeões do egocentrismo
E até que falar é fácil, vivo a repetir e a idolatrar
Enquanto eles estão sempre indispostos a chegar

Seus atos se tornaram abomináveis, sua distância aquém
Meus sentidos se despertaram cedo demais; proteção
Na beira desse lago mais gosto de sal, menos molho
Uma imensidão de forasteiros e uma alma podre.

(Renan)


Nota do Autor: Preconceito religioso é algo tão repugnante contra preconceito racial. Se sois melhores que os demais pela tua crença, que sejas feliz com ela.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Megapost: Poemas atrasados, etc etc...

Sufocar

Já que são assim, o que fazer para não ser realmente? Não ser...
Pois é, pois não para ser mais exato; ainda que incompetente
Ainda que incoerente; mesma coisa com esses procedentes
Efeitos avassaladores numa madrugada, ou quarenta

Passando pelo corredor; melhor maneira é correr como nunca
Corre e foge desta loucura desenfreada, não possui vontade
Não possui mais nada, tão pouco oxigênio tóxico mas belo
Efeito sufocante de uma tentativa infrutífera.

(Renan)

Nota do Autor: Angústia sufocante de ver planos naufragarem....






Remover dispositivos com segurança

Pensei que fossem meses, escolas, qualquer tipo de coisa
Pior é estar aqui, ver que tudo está correndo além
E nessas vidas sem retorno a inspeção do contorno
Deliberadamente avassaladoras, efeito tempestoso

Mas ainda tenta, não te admiro tanto por isso como pensas
Pelas tardes de janeiro, fevereiro ou qualquer dia de lá
Não me importa tanto; estou acostumado a ser aqui-ali
Seguramente um sonho impossível e inseguro.

(Renan)

Nota do Autor: Viver na realidade é desgastante, porém necessário.





Mal me quer, mal me quer

Hoje te esperei a tarde toda, a noite toda, a manhã toda
Hoje te larguei por uns minutos, mas ainda estou a toa
Hoje te superei e pensei, hoje te vi e voltei atrás
Hoje não me quer, ontem também, anteontem, mês passado.

(Renan)


Nota do Autor: Necessidade de aceitação... não importa como, nem de onde vem;






Adição

Se estivesse de pé, debruçado sobre os afazeres talvez melhor
Nessa situação adversa, sangue dos olhos, sangue dos dentes
Sangue por toda a parte nesse chão; lutar jamais, nunca...
Lutar e ser forte é coisa pra críticos norte-americanos

Não que se entenda, é difícil demais até tatear a situação
E sabemos, há dias atrás, hoje algo muito mais, acredite
Mas nessa conta foi impar, um dia foi três e um se foi
Hoje cento e dez, pois estou alheio a querer voltar.

(Renan)

Nota do Autor: Como viver se mal sabemos somar?











Carta de adeus

Essas mangas não suportam lágrimas, por isso vou
E não será o mesmo, em plana noite daqui a dias
Exatamente pior, mas não quero que sofras mais
Honestidade de querer mudar, sem você incapaz

Sentirei falta das suas cartas, das brigas de paz
E das reconciliações; isso é mais forte que nós
Não nos levará a nenhum lugar, isso é mais forte
Mochila e álbuns; sonhos pra não mais voltar.

(Renan)

Nota do Autor: Adeus só existe para os fortes.